São todas as tardes sem sol, o convívio com as mesmas músicas.
São as coreografias esculpidas no corpo, por dentro, com calma.
É deixar a alma permanecer grávida, nutrindo sementes de ideias.
É deixar a dor se remexer devagarinho, embalada ao ritmo dos dias.
É deixar o amor criar raízes nas entranhas do cotidiano.
E depois, abrir-se como uma romã preguiçosa e madura
Para o desfrute sedento e apaixonado da vida.